SABOR DE MABOQUE - NDAPANDULA MAMA ÁFRICA

SABOR DE MABOQUE - NDAPANDULA MAMA ÁFRICA

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Adeus

Dra Zilda Arns

A gigantesca tragédia do Haiti
Ceifou-nos este grande ser humano
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13 comentários:

  1. Dulce
    Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente essa linda alma. Também estou profundamente triste com toda essa tragédia.
    Bj
    Fer

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  2. Caro Amigo Jé-Jé

    Absolvido, desde já, pela deselegância de marcar encontro contigo numa familiar casa alheia. A nossa amizade, dizes tu concordando eu, nunca esteve sujeita a marketing. Eu usaria a palavra traficância. Aviso à navegação: vão ao engano os que pensam procurar novidades, análises ou comentários sobre o “Sabor de Maboque” O meu diálogo com a Dulce é absolutamente privado. O “Sabor de Maboque”, um aproximativo “Casablanca” Angolano, foi lido com enorme prazer. Foi relido com o mesmo prazer e redobrada emoção. Os adjectivos superlativos usados para definir a Dulce, e as altas qualidades que lhe foram averbadas, não são surpresa para mim, subscrevendo-as por inteiro e com veemência. Mas permito-me enfatizar, se não foi já enfatizado, a sua irrepreensível postura ética (não digo “moral” pois podia cheirar a catecismo) e a sua inexcedível lisura de comportamento em todas as circunstâncias. Fica em acta, para que conste.
    Jé-Jé
    As tuas intervenções escritas lembram-me a entrada, de rompante, de um elefante numa loja de porcelanas da China. Pouco se salva, salvando-se o mais resguardado. Nestes tempos de Liberalismo Boxeur, é fundamental explicitar bem conceitos e clarificar ideias. Não mais acreditamos no carácter salvífico das Utopias, mas estamos condenados, como Sísifo, a estabelecer uma Nova. Na noite da última jantarada, o Jota Cristo quando disse: “Pedro, tu és pedra, e sobre ti erguerei a minha …Utopia”, jamais poderia, apesar das credenciais que lhe eram atribuídas, imaginar o impacto histórico produzido. Vivemos sossegados no meu desassossego. Portugal limita-se a aquecer o desespero em lume brando. O Jacques Brel canta: “Etre désésperé, mais avec élégance”. Por cá, elegância, é atributo que não abunda.
    Gerações dessatisfeitas amolecem devagar. Os deuses quisessem que fossem insatisfeitas e alguma ruptura provocaria.
    Permite-me que te corrija: A Pedra Filosofal não é do poeta/ pateta (riscar o que não interessa) Alegra, mas de um velho e sábio Professor de Física, António Gedeão.
    A questão da autoria é de somenos importância, (“ Mais difícil um bom leitor, que um bom escritor”, Borges dixit.) quando se percebe que o poema envia para o processo de aceleração histórica, ao invés do seu fim, como defende um míope de olhos em bico.
    Sobre Angola concordamos no essencial: a mesma despudorada corja de sempre, com outro tom de pele. Mas temos arestas a limar em certos pormenores. Como adversário respeitoso chamarei em teu auxílio o saudoso Professor Agostinho da Silva. Para minha defesa quem chamarei???
    A justiça nunca alugou casa em Angola. Dessa terra habitada pela beleza, terei sempre memória, mas não saudade.
    Obrigado por repores na minha memória a peça: a rapariga sempre foi mimada em excesso por nós. Elabora sobre a situação: uma Banda cujo único atributo válido era serem nossos amigos; um mar de gente massacrada e aguentando estòicamente as sucessivas tentativas, sempre falhadas, para se poder ouvir um, mais que sofrível, arremedo do “Child…”. Pura vitória da nossa loucura.
    Falemos de música, um exercício sagaz para se entender o mundo.
    Outrora, na minha casa, sempre se ouviu, como bem te lembras, boa música e se fumavam bons Hermínios. Ainda não havia o culto do álcool, que era esporádico e sempre de “caixão à cova”.
    Cat Stevens, que desperdício de talento…
    Gwendal, lembras-te, não deixaram rasto…os irlandeses agora é só spa`s, enovelados fumos, velas acesas, isto é, merdices californianas como bem definiu Tony Soprano na sua mafiosa sabedoria. Que prazer raro ouvir falar de King Crimsom, Pink Floyd, Jethro Tull, Deep Purple, Genesis …
    Peço desculpa por esta longa intervenção que, aparentemente, não se coaduna com a cânónica mera opinião em uso. Terá equivalência em extensão à minha, mais que provável, ausência do “Sabor de Maboque”.
    Para a Dulce, um Beijo
    Para Ti, um abraço de trinta anos, extensível a teu Irmão e a teu Primo.
    PS: Foi bonita a festa, pá…Tanto Mar…Tanto Mar.
    Carlos Manuel Torrão.

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  3. Não tinha nunca ouvido falar de Zilda Arns, mas pelo que li da biografia dela, parece-me que se perdeu uma pessoa que vai fazer falta a muita gente. E ao mjundo emgeral, tão parco em almas generosas...

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  4. Oh Pá,
    evitaste que quebrasse mais loiça e soltasse um barrito pra perguntar o que esta senhora estava fazendo ali, se, Cuba, só atrás do Canadá no indice de mortalidade infantil, à frente dos e.u.a. e muito mais perto do Haiti teria, portanto, legitimidade e resultados práticos comprovados a serem transmitidos muito mais sériamente. Aos Arns, Salvé D. Paulo Evaristo que moldou Lula.
    A Ti, Pá, em primeira mão: - a receita federal prende doze maços de Gitanes desde 07-01-2010 e acho que nem um CD de Concha Buika vai liberar pra mim, pode. Asseguraram-me que já ninguém mais fabrica Hermínios.
    Acho que só por isso tá difícil eu chorar agora. Só olhos marejados.

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  5. Oh, Flip.
    E Tu ainda me vens com RIP Zilda, Pá.
    Assim, Pá?!
    Enigmático.
    Como bom Marista, e em consideração àquela vaga pra ires ao Nacional de Handebol, vê se mandas é um Hermínios. .
    Já sei nem te lembras do Torrão.
    É no que dá teres ido pra Luanda em vez de teres optado pela casa da Çãozita e pelo Liceu Nacional Silva Cunha.
    Acho que se vão conhecer em breve a julgar pelo Cláudio, num bar antes do natal e pela Dulce, hoje.

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  6. JeJé,
    pois era de bom grado que te enviaria uns Hermínios, quem sabe ainda tos enviarei!!! :-)
    Lembraste-me a quantidade e a qualidade daqueles fumos de então (por acaso lembras o "BELMAR" (?)que quando apareceu, nos fins dos anos 60, foi-lhe logo colado uma frase: Bairros Em Lisboa Mostram Angola Roubada! eheheh....coesas do antigamente então...No "Silva Cunha" fiz os exames, com distinção, claro, coméqueé? Marista sempre do quadro de honra, ora :-)
    Vou conhecer quem? Çãozita? tá bem...ficarei enchanté :-)

    Dulce,
    desculpa este abuso e esta ocupação mas o JeJé merece, tou certo ou tou errado? :-)
    bj

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  7. Flip,
    e lembrar que era do Savimbi, a foto central daquele o quadro de honra em octaédro.
    Vais conhecer o Torrão, filho do Sr Torrão que de tanto passar os filmes para assistirmos tinha aprendido a falar fluentemente línguas nas quais ainda hoje temos dificuldade de fluência.
    Çãozita é a república em brumas e pra sempre situda na imensidão duma galáxia denominada Dona Conceição, duma prole constituida por duas meninas e um filho de andar desengonçado mas d'onde surgiu uma galática top model tuga. Eram três quartos no fundo do quintal, pra uma casa de banho, oito a dez marmanjos e uma chanfana aos Domingos se todos se tivessem portado bem. E portar-se bem, para Dona Conceição, nada mais era que usufruir dela a atenção inalcançável para um cego pelo cuidar das rendas no município do Bailundo, sempre muito elegante no vestir e no falar, sempre romântico e eternamente longe do coletivo, da comuna, d'Amor. Dona Conceição tinha dado abrigo ao Congolês antes d'ele se ter posto a pregar o MPLA dentro dum comboio a caminho do Lubumbaxi e sem que a embaixada de seu pai lhe tivesse dito ser ali região da UNITA. Do alto da minha ignorância, matuto, eu advertira o Eduardo, o Congolês o Hippie às vezes ganzados às vezes a ponto d'um no meio dos olhos. "Pura vitória da nossa loucura" in Torrão. Do alto de meu conhecimento de como negros e indios encaram a morte excepto a do mais velho, RIP Hippie.
    Torrão,
    concordo com Jacques Brel apenas quando ele canta Quand On n'a Que L'Amour.
    Ou foram vocês nesta ?corrente? de Sabor de Maboque e na universalidade nele contida muito além de Casablanca e mais recentemente com propriedade confirmada por Buika, ou, por ser assim a vida, mais simples do que imaginamos, que vou fumar um Gauloise a vocês dois e um Gitanes a elas duas, Concha Buika e Xandra.

    Em tempo e de hoje: - o infarto não baixou na França e muito menos o consumo de cigarros, malgrado a repressão há anos lá e acabada de chegar au Brezil.

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  8. Fer e Carlos Oliveira
    Sem duvida uma grande perda mas ficou o exemplo e sementes da obra plantadas em vinte países.

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  9. Dulce,
    por me deixares sem achega quanto às últimas sobre os cigarros ...infarctus et autres syndromes coronariens aigus... no Le Figaro e que o SS - sr Serra - deixará de nos mostrar no seu implacável combate ao fumo fora dos preceitos que nos ensinou na unicamp, sirvo-me deste espaço para avisar a quem possa avisar SS, que NÃO EXISTE DEPENDENCIA QUÍMICA, muito menos de álcool, e do ópio então, nem se discuta, porque já existe literatura desde Ricardo, o pai das ciências económicas em que nos vimos embrumados por SS.
    O mesmo se aplica à eficácia das igrejas a serviço ou a servirem-se do estado. Ou é o poder ou é estado. No Irã é dois em um. E onde finge nem ser estado nem ser poder a miséria duuuuuuuura, tanto quanto, mas tanto tanto, que nosso Tio em 1974 levou-me a conhecer as favelas de Maputo que sem bloqueio económico se generalizaram com rios de dinheiro e ajuda de todos os tipos do mundo inteiro.
    Em tempo: bonita a concessão do espaço aéreo Cubano a um país que lhe negou ajuda em 2008 e coagiu outros a fazer o mesmo, depois da passagem d'um furacão ter deixado 750.000 cubanos sem abrigo.
    Quem sabem espionem bem e se dêem conta de quanto ridículo se julgar Cuba por base de terroristas.
    E d'um cara que fez Harvard!!!!!!!!!!!!

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  10. Acabo de receber um link a levar à música "O Haiti", enviado por Anabela, A Loira Comuna do Liceu Nacional Silva Cunha.
    Nunca me agradou os ouvidos, a mesnsagem. A Anabela agrada ouvidos e olhos há trinta e sete anos. A O Haiti ganha uma nova leitura nesta catástrofe, e dá uma sobrevida à imagem de Caetano Veloso, combatente capitalista, de mesnagens sustentadas ou por passado ou por quaisquer futuros, ou não.
    Bénévolat não é o exercício de cidadania.
    Um outro link leva a Cajuina num arranjo lindo e que em certo ponto até ameaça ser Africano. Ameaça!
    Caetano ainda está a tempo de exercer sua cidadania devidamente. Basta que estude o Amor em Marx.
    Evitará passar por constrangimentos equivalentes aos do consul em off, bush em off, ricúpero em off, e, principalmente, aos de dois ou três caras de harvard, caras de pau, sem vergonha e sem ser em off.

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