SABOR DE MABOQUE - NDAPANDULA MAMA ÁFRICA

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sábado, 11 de dezembro de 2010

Curva

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Curva do rio, que o mar aguarda

Curva da vida, na morte

Curva ascendente, da descendente

Curva do precipício, no retorno à paz

Curva da lua, conclamação do sol

Curva na menina, anuncio da mulher

Curva do fruto, qualificação da flor

Curva do atino, escape do desencontro

Curva da mudança, no rumo eximido

Curva da fechadura, retificação da lei

Curva ciclo, dos espasmos do ser

Curva da paixão, chancela do amor
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4 comentários:

  1. Maravilhoso, exato, esclarecedor...Sucesso Dulce!

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  2. Quem sabe o rio se liberta agora das curvas e se espraia placidamente até ao mar, por planícies calmas e verdejantes?

    Este texto está muito bonito e nem poesia precisava, bastava-lhe a espontânea sinceridade e a elegância que são a tua imagem de marca em tudo o que escreves. Mas com a poesia, fica enriquecido!
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  3. Dulce, queria dizer melhor do que o Nelson, mas não é possível. Faço minhas as suas palavras.
    Gostei muito! :-)

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