No que é apenas dia, pós-escuro sem conhecer a noite
No tépido que nunca ferveu, nem gelou
No limbo que nunca vivenciou céu nem inferno
No chuvisco que nem vem, nem vai à trovoada
No mais ou menos, que nunca foi ou será definição
No bonitinho, jamais feio nem lindo
No esmaecido, que até preto e branco seria belo
No bom dia, sem expressão nem abraço
No caminhar sem quedas, nem determinação
No sorriso, sem brilho no olhar
Nos QUASE todos da vida?
Tem razão Dulce, às vezes chutar o pé da barraca e mais poetico do que ficar vendo a paisagem.rsrsrs.
ResponderExcluirBjs
Leonor Freitas
Tem dois sítios onde ela (a poesia) pode estar. Escondida e camuflada na hipocrisia das coisas pequeninas e descartáveis da vida e a que muitos de nós insistimos em dar uma dimensão que não merecem. Ou perdida num mundo de afectos que nos condicionam a vontade e o verbo. Cabe-nos a (difícil) tarefa de ser poetas e redescobrirmos a trilha certa para dar a voz à poesia, se a prezarmos como ela merece.
ResponderExcluirEntretanto, e quase em nota de roda-pé, este poema está ... quase perfeito. Mas numa coisa não está quase. Na singeleza e verdade do que disseste. Ah! E está bonitinho, :))) corrijo, lindo e nunca feio !
:)*