SABOR DE MABOQUE - NDAPANDULA MAMA ÁFRICA

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domingo, 29 de julho de 2012

Cadê?




Cadê a poesia,
No que é apenas dia, pós-escuro sem conhecer a noite
No tépido que nunca ferveu, nem gelou
No limbo que nunca vivenciou céu nem inferno
No chuvisco que nem vem, nem vai à trovoada
No mais ou menos, que nunca foi ou será definição
No bonitinho, jamais feio nem lindo
No esmaecido, que até preto e branco seria belo
No bom dia, sem expressão nem abraço
No caminhar sem quedas, nem determinação
No sorriso, sem brilho no olhar
Nos QUASE todos da vida?


2 comentários:

  1. Tem razão Dulce, às vezes chutar o pé da barraca e mais poetico do que ficar vendo a paisagem.rsrsrs.
    Bjs
    Leonor Freitas

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  2. Tem dois sítios onde ela (a poesia) pode estar. Escondida e camuflada na hipocrisia das coisas pequeninas e descartáveis da vida e a que muitos de nós insistimos em dar uma dimensão que não merecem. Ou perdida num mundo de afectos que nos condicionam a vontade e o verbo. Cabe-nos a (difícil) tarefa de ser poetas e redescobrirmos a trilha certa para dar a voz à poesia, se a prezarmos como ela merece.

    Entretanto, e quase em nota de roda-pé, este poema está ... quase perfeito. Mas numa coisa não está quase. Na singeleza e verdade do que disseste. Ah! E está bonitinho, :))) corrijo, lindo e nunca feio !
    :)*

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