SABOR DE MABOQUE - NDAPANDULA MAMA ÁFRICA

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sábado, 4 de setembro de 2010

Obrigada Tina !


Olá Dulce:
Desculpa a intimidade indevida, mas é que nao pude conter o desejo de te escrever depois de ler o teu livro. Queria, antes de tudo, dizer: muito obrigada!
Eu também sou angolana, nascida em 1971 em Luanda, e cheguei ao Brasil alguns dias antes de vc, no 18 de setembro de 1975. Como tinha 4 anos, nao lembro de praticamente nada de Angola e, devido ao caráter traumático de tudo que passamos ali, meus pais e irma nunca me contaram nada sobre a minha infância ou sobre como foram os momentos anteriores à fuga. O teu livro me serviu, entao, de memória auxiliar, preenchendo as lacunas informativas que tinha e mostrando-me um pedaço do que foi Angola naquela época. Ajudou-me também a perceber o sofrimento da minha família e o que tudo aquilo significou nas nossas vidas. Chorei em muitos trechos do livro porque era como se estivesse entrando em contato com um velho conhecido, uma parte minha enterrada na memória de outros e no meu próprio inconsciente.
O livro me foi enviado pelo correio por uma amiga porque atualmente vivo em Espanha, mais concretamente no sul de Galícia, a seis km da fronteira com Portugal. Da minha varanda vejo Monçao, Melgaço e Castro Laboreiro. Olhando essa paisagem, em pleno verao europeu, acabei de ler as últimas linhas há uma hora. Foi um bálsamo para meu espírito sempre sedento de informaçoes sobre o meu passado de imigrante.
Mais uma vez, muito obrigada e saiba que o livro foi importante para outras pessoas além de seus filhos e marido.
Um abraço,
Tina


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6 comentários:

  1. Dulce
    Que emoção você deve sentir quando recebe estas mensagens. Você merece, abriu sua alma com generosidade.
    beijo
    Renata Santos

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  2. Tem certos e certas angolanas, que deixaram de o ser em crianças e mesmo já adolescentes, que passaram a ouvir que os pais eram colonialistas e imperialistas e que exploravam pretos, por isso estes se revoltaram e foi...aquela fuga.

    Para Angola não ficar sem os colonialistas foram para lá os cubanos...que bom!

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  3. Se me der o seu endereço, mando-lhe muitas coisas
    sobre Angola.

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  4. Sempre com fé,
    Se há uma coisa que eu tenho é FÉ, numa Angola com paz, sem ódios, com um povo alfabetizado e culto...quando? Um dia...assim será!

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  5. Dreamer
    Gostei muito da sua oferta.
    Você quer meu endereço postal ou eletronico?
    O eletronico é: dulce@mpcnet.com.br, se for o postal me diga por email que eu lhe envio.
    Abraço

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